“Entretanto, com as histórias, havia uma diferença:
tornavam-se vivas somente quando eram contadas. Não existiriam de fato, no
nosso mundo, se não houvesse pessoas para lê-las em voz alta ou um par de olhos
bem abertos seguindo-as à luz de uma lanterna, debaixo de um cobertor. Eram
como sementes no bico de um pássaro, esperando para cair na terra, ou como as
notas de uma canção escrita numa folha de papel, esperando por um instrumento
que produzisse a música. Ficavam adormecidas, aguardando uma oportunidade para
despertar. Mas, assim que alguém começava a ler uma história, ela começava a se
transformar. Poderia criar raízes na imaginação e transformar o leitor. As
histórias queriam ser lidas [...]
Queriam que as fizéssemos viver.”
O livro das coisas perdidas, de John Connolly
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