O homem no teto, de Jules Feiffer
“Agora: como era possível que a
mesma coisa que fazia a pessoa se sentir tão mal pudesse fazer bem a ela? Aí
Jimmy lembrou-se da continuação do raciocínio. O fracasso só fazia bem se você o tratasse não como fracasso, mas como
normal. Se você o tratasse não como sendo a prova do idiota, do merda que
você era.
O fracasso era normal? O fracasso era normal? Nem por um
segundo Jimmy seria capaz de acreditar nisso. Mas depois lembrava-se da parte
mais difícil: o fracasso só funcionava se você seguisse em frente. Em frente,
em frente, toda a vida. Não importa
quantas vezes você fracassasse, não podia desistir. E aí estava a chave de
tudo. Porque, bem no fundo do coração, Jimmy sabia que queria desistir.”
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